26 agosto 2006

O futebol português é uma PALHAÇADA!!!

Agora que Portugal começava a merecer o reconhecimento mundial, depois do segundo lugar no Campeonato da Europa da UEFA, em 2004, e do quarto lugar no recente Mundial da Alemanha, convenhamos que era escusada esta verdadeira PALHAÇADA em que os senhores da Federação Portuguesa de Futebol e da Liga Portuguesa de Futebol Profissional - resta saber em que é que será mesmo profissional!? - resolveram mergulhar no "nosso" desporto-rei com esta novela do "Caso Mateus" em redor do Gil Vicente, do Belenenses, e agora também do Leixões.

Mas vejam apenas algumas das palhaçadas...

1ª PALHAÇADA - Logo para começar, e porque a FPF, apesar de alegamente ser o "órgão máximo" do futebol português, não tem jurisdição sobre os clubes ditos profissionais, não teve autoridade para parar os jogos da I Liga e Liga de Honra do Gil Vicente, do Belenenses e do Leixões mas, ao mesmo tempo, e porque a mesma FPF, ao que parece, foi "pressionada" pela FIFA, para mostrar que também sabe agir (!?), resolveu cancelar os jogos dos juniores do Gil Vicente, que já não defrontam amanhã o Penafiel, na 1ª jornada do campeonato daquele escalão. Mas afinal, que culpa têm os júniores do Gil Vicente de tudo isto? Provavelmente, a melhor resposta que se pode dar a esta questão é que há que começar a educar os jogadores portugueses para a realidade do nosso futebol, e para isso não há melhor do que começar desde os escalões mais jovens, nomeadamente pelos juniores. Aliás, em Barcelos que se cuidem pois os infantis do clube poderão vir a ser impedidos de alinhar nos torneios "inter-escolas" lá do sítio.

2ª PALHAÇADA - Que tal usarem aquele campo com três balizas, inaugurado com uma campanha publicitária na última época em que alinhavam os três "grandes", e colocar o Benfica a jogar contra o Gil Vicente e o Belenenses?

3ª PALHAÇADA - Sendo um dos propósitos da redução do número de clubes na I Liga e Liga de Honra o aligeirar do calendário, para permitir datas livres para os clubes que alinham nas competições europeias poderem trabalhar correctamente, e para que a Selecção possa trabalhar com os melhores elementos, como é que o Benfica, por exemplo, e só para citar um dos "grandes" que fica já com um jogo em atraso, irá depois arranjar datas disponíveis para jogar com o Belenenses? Ou será com o Gil Vicente? Ou talvez com o Leixões?

4ª PALHAÇADA - Como é possível que a Liga de Clubes decida uma coisa como o adiamento de jogos de três clubes, se nem sequer ela própria, a Liga, enquanto entidade oficial, consegue tomar posse porque um dos clubes que nela está integrada resolveu colocar uma providência cautelar para que o único candidato que, mais do que ganhar eleições, foi referendado, possa vir a tomar posse?

Depois de todas estas PALHAÇADAS, e só referimos algumas entre as muitas possíveis, é caso para perguntar: Imaginem que alguém se lembra de colocar uma providência cautelar para parar todo o futebol português, nomeadamente a I Liga e Liga de Honra, até que se coloque ordem na casa, para que todos os clubes comecem ao mesmo tempo em igualdade de circunstâncias e de oportunidades. Já pensaram na possibilidade do futebol português parar mesmo até lá? É claro que corremos o risco de este ano não haver campeonatos profissionais, mas garanto que se pudesse fazê-lo eu próprio o faria!

Aliás, acho que vou mandar um email ao Luís Filipe Vieira a sugerir que o Benfica, que até vai começar o campeonato já com jogos em atraso, seja o primeiro a interpor essa mesma providência cautelar. Afinal, mais PALHAÇADA menos PALHAÇADA... será que alguém dá por isso?

Bom, pela minha parte, vou dormir e esperar que mais logo, quando acorde, chegue à conclusão que tudo isto não passou de uma história inventada pelo Contra-Informação para dar mais algum protagonismo ao Major Valentão. Afinal, e para não variar, quem aparece nas televisões a deitar discurso são sempre os mesmos, e com o Valentão à cabeça! Resta saber quantos virão atrás dele? Quanto são? Quantos são?

15 agosto 2006

GNR está de tanga!

Bom... antes de mais, o meu amigo Rui Reininho que me desculpe mas não estou mesmo a falar da banda rock que tantos êxitos deu à música nacional, e ao som da qual cheguei a levar umas garotas para trás das "dunas".

Pois é, estou mesmo a falar da GNR, a outra, a autêntica, a Guarda Nacional Republicana, aquela que, em teoria, é também paga com o dinheiro de todos nós. Pois bem, essa GNR, afinal tal como nós, está de tanga. Essa, pelo menos, foi a primeira conclusão que retirei ao ver hoje, no jornal "Record", o título "GNR fica hoje em casa por falta de verbas".

De imediato pensei que, apesar de estarmos a viver um período em que está em curso a "Operação Agosto Tranquilo", da BT da GNR, destinada a controlar o trânsito nas estradas nacionais, seria possível ir para o auto-estrada andar "na bisga" porque os agentes da BT teriam ficado em casa.

Porém, logo a seguir, verifiquei que, pelo menos para já, quem ficou em casa foram os militares do Serviço Nacional de Protecção da Natureza e do Ambiente (Sepna) da GNR, responsáveis por detectar incendiários e controlar a caça e a pesca. Esses mesmo militares, num período em que os incêndios são, infelizmente, uma realidade diária, não podem trabalhar durante a noite e aos feriados devido à falta de verbas.

Esta denúncia, feita por Rui Raposo, da Federação Nacional dos Sindicatos da Função Pública, surge dois dias depois do ministro António Costa ter vindo admitir que não feita a melhor prevenção relativamente aos incêndios, o que me leva a perguntar:
- Será que a prevenção não passa também pela dotação das forças de segurança dos meios e das verbas necessárias para poderem funcionar?
- Será tão difícil para o ministro António Costa perceber isso?

Claro está que é mais simples (ou será mesmo simplex!?) para o mesmo ministro Antóno Costa fazer a defesa de planos megalómanos como a construção do aeroporto da Ota, só a título de exemplo, porque para isso já haverá certamente dinheiro, quando as nossas forças de segurança nem para as fardas têm verbas. Entretanto, as nossas florestas vão ardendo sem que ninguém as vigie, os acidentes rodoviários vão-se sucedendo, as infracções ao Código da Estrada vão-se repetindo sem que ninguém controle as estradas, e os nossos políticos vão continuando a usufruir do direito de reformas milionárias somadas a ordenados acumulados e outras benesses porque, afinal, para isso... há sempre dinheiro!

10 agosto 2006

E viva o Simplex!!!

Decididamente, esta quarta-feira foi um dia em que ninguém se poderá queixar de falta de assuntos para comentar, dizendo mal ou bem, mas assumindo certamente uma posição crítica. Pessoalmente, poderia falar aqui da saída disparatada (pelo "timing") de Co Adriaanse da direcção técnica do FC Porto, com a chamada de Hélder Postiga para o plantel portista, ou ainda da trapalhada em que está já mergulhada a nova Direcção da Liga Portuguesa de Futebol Profissional antes sequer de ir a eleições, com o Benfica, indiscutivelmente o clube mais importante do futebol nacional, a distanciar-se de Hermínio Loureiro e a desvincular-se de um processo que ameaça nascer torto para jamais se endireitar.

Aliás, a propósito deste tema, até poderia lembrar que a poucos dias das eleições que irão confirmar Hermínio Loureiro à frente da Liga, já que apenas uma lista concorre a este sufrágio, o próprio nome de Hermínio Loureiro surge associado a um caso de corrupção no desporto português. Típico... ainda mais se nos lembrarmos que o apito dourado já enferrujou de tanto esperar por quem o apite!

Contudo, hoje não vou falar de futebol, mas antes de uma notícia que foi publicada no Correio da Manhã que, no mínimo, considero ridícula. Então não é que agora, sempre que um senhorio quiser alterar as condições do arrendamento ou simplesmente aumentar a renda a um inquilino, deve avisar este por carta registada (até aqui tudo bem), devendo também enviar uma carta registada ao cônjuge desse mesmo inquilino!

Pois é... a partir de agora, o senhorio vai ter que saber se o seu inquilino continua casado, ou se a união de facto continua, de facto, em união, mantendo uma vigilância sob a vida íntima dos seus inquilinos. Depois, e em caso de separação, terá que saber para onde foi o cônjuge ausente, descobrir a sua morada correcta, enviar-lhe uma carta registada, e esperar que esse mesmo cônjuge se declare interessado num assunto que, em primeira análise, até já não lhe dirá respeito.

Como diria uma amiga minha... "E VIVA O SIMPLEX!!!"

06 agosto 2006

O tabaco, o trabalho e... os piercings!?

Ainda a propósito das notícias que vieram a público este sábado sobre o facto da União Europeia permitir que uma empresa não aceite um trabalhador com o simples argumento de que esse mesmo trabalhador é fumador, percebi posteriomente que tudo tinha resultado do facto de uma empresa irlandesa ter recusado a candidatura a um emprego a indivíduo que se assumiu como fumador.

Uma deputada do Parlamento Europeu quis então saber se essa empresa (e outras) o podiam fazer, ao que lhe foi dito que sim, e simplesmente porque a lei determina que ninguém pode ser descriminado por questões de sexo, raça, crença ou religião e mais uns quantos factores, mas no que diz respeito ao ser ou não fumador a lei é... omissa!

Aí eu interrogue-me: quantas coisas mais é que estarão omissas nessa mesma lei?

Será que, por exemplo, um qualquer indivíduo que use um piercing na língua, ou no nariz, ou em qualquer outro local mais visível, poderá ser descriminado? É que, de certeza, o uso de piercings está igualmente omisso na lei do trabalho na União Europeia, assim como estará o uso de cuecas de fio dental nas mulheres (ou nos homens!), o hábito de mascar pastilha elástica de forma compulsiva, o uso de peruca ou "capachinho", e tantas outras coisas que estarão omissas na referida legislação.

Em face disto... senhoras e senhores deputados do Parlamento Europeu... toca a trabalhar e legislem... legislem muito... para que nada mais fique omisso nas leis que nos regem. Afinal, todos nós,os europeus, precisamos de saber a quantas andamos!

05 agosto 2006

É fumador ou quer um emprego?


O título deste post pode parecer estranho numa primeira leitura, mas é uma pergunta que se justifica depois da notícia que fui descobrir hoje no Diário Digital. Segundo o artigo em questão, a União Europeia considera legal que uma empresa recuse o acesso ao trabalho de candidato ao emprego pelo simples facto de ser fumador.

Ou seja, não se admire que daqui a uns dias, quando se preparar para preencher um questionário para candidatura a um emprego, tenha à cabeça perguntas como:
- Fuma? Quanto por dia?
- Cigarros, cigarrilhas, charutos, charros ou outros?

Depois, e por este andar, daqui a dias as próximas perguntas são?
- Faz sexo? Com que frequência?
- É fértil?
- Usa algum contraceptivo?

Já agora... aceitam-se propostas para mais perguntas!!!

01 agosto 2006

Realidade caricata


"Cravo e Ferradura"... in Diário de Notícias

Já viu a lista dos devedores ao fisco?

Fui verificar e confirmei que o meu nome não está na lista de devedores ao fisco. Confesso que fiquei mais descansado. Porém, ao mesmo tempo, dei-me ao trabalho de verificar se conhecia algum dos devedores, e para além de alguns nomes que me parecem familiares entre os particulares, não foi difícil identificar algumas empresas e verificar, até através de uma simples pesquisa na net, quem são e o que fazem.

Por exemplo, no topo da lista (porque se encontra por ordem alfabética) dos contribuintes colectivos que devem entre 500 mil e um milhão de euros, encontrei o nome da uma tal empresa Auto Munique-Comércio e Representação de Automóveis SA. Fazendo uma pesquisa na net, através de um motor de busca tão comum como o Google, facilmente se descobre que esta empresa até se encontra nas Páginas Amarelas electrónicas, está sedeada em Viseu (Abraveses), encontrando-se ali a morada completa e tudo o mais, e sendo indicada como uma empresa que funciona como agente e representante de veículos pesados.

Perante isto, deixo só algumas perguntas...

- Se é assim tão simples encontrar a empresa devedora que até eu o consegui fazer em menos de cinco minutos, não seria mais simples ao Estado ir ao encontro dessa empresa e executar as dívidas?
- Porque se permite que continue em actividade uma entidade (esta ou qualquer outra) que deve mais de cem mil contos ao fisco?
- Poderá um cidadão que pretenda negociar com esta empresa de Viseu vir a ser prejudicado pela hipotética falência da empresa?
- Que confiança passam a ter os consumidores nas empresas agora apontadas a dedo como devedoras?
- Mais do que contribuir para que estas empresas paguem o que devem, não estará o Estado a contribuir para dias ainda mais difíceis das mesmas empresas acabando por ser ainda mais difícil para estas, senão impossível, o respectivo pagamento?
- Não está o Estado, com este apontar de dedo público, a apontar o dedo a si mesmo como alguém que não consegue fazer com que lhe paguem nem encontrar medidas eficazes para tal?

Mas também, afinal, sendo o Estado uma das entidades que paga tarde e a más horas aos seus fornecedores de serviços, retendo por vezes pagamentos por meses, senão mesmo anos, que moral tem este mesmo Estado em apontar a dedo quem lhe deve?

Responda quem souber porque... eu não encontrei essa resposta na net!