De Espanha, nem bom vento nem bom casamento... nem bom ordenado!
Uma das notícias do dia de hoje resulta do facto do Jornal de Negócios ter descoberto que os administradores das empresas portuguesas mais cotadas ganham bem mais do que os seus homólogos espanhóis. Segundo aquele jornal, e em termos médios, um administrador português ganhou 416 mil euros em 2005, tendo o média das remunerações dos administradores em Espanha ficado 16 mil euros abaixo. No ano passado, os lucros das cotadas portuguesas do índice PSI-20 subiram 85% e os salários das respectivas administrações cresceram 8%.
Perante este cenário, é caso para se perguntar... então e a produtividade? Afinal, se nas empresas portuguesas estivéssemos pelo menos ao nível da produtividade das suas congéneres espanholas, e já nem se pede mais mas apenas o mesmo, já seria muito bom. Só que, como é sabido, a economia espanhola está francamente melhor, produz mais, para além de que os ordenados da população, daqueles não são administradores, são mais elevados do que os ordenados equivalentes em Portugal.
Ainda assim, eu creio que encontrei uma explicação para o facto dos ordenados dos administradores das empresas em Portugal serem mais elevados. Afinal, há que pagar aos pobres administradores pelo que gastam cá com o preço dos combustíveis. Em Portugal, gasolina e gasóleo são francamente mais caros do que em Espanha, pelo que os adminitradores portugueses têm que ganhar mais para compensar esse encargo. Só pode mesmo ser por isso!
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